O Núcleo de Aprendizagem Cooperativa – NAC CT está reiniciando suas atividades com os bolsistas e voluntários neste ano de 2023 com muitas expectativas positivas.
A Aprendizagem Cooperativa é uma metodologia que procura desenvolver de forma experimental e vivencial um de seus pilares que é interdependência positiva.
Os pilares são assim definidos: Interdependência Positiva, Responsabilidade Individual, Habilidades Sociais, Interação Promotora e Processamento de Grupo.
Uma das características da Aprendizagem Cooperativa é a ideia de se trabalhar com metas para o grupo. Por exemplo, numa classe de estudante universitários, é de se esperar que todos queiram ser aprovados para conseguirem sua graduação. Mas quantos podem ser aprovados? Todos. Por que alguém precisa ficar para traz? Meta coletiva deve ser definida pela própria turma e buscada em suas ações – e esta é uma delas – aprovação de todos.
Interessante inicialmente definir: dependência, independência e interdependência.
Exemplificando, quando uma criança nasce, ela precisa de adultos que cuidem dela em todos os aspectos: alimentação, sono, higiene, tudo. Ao crescer um pouco, começa desenvolver atitudes de independência ao querer escolher sua alimentação, roupas, brinquedos, mas ainda vivendo uma relação muito forte de dependência.
Ao chegar na adolescência, sabemos o quantos os “teens” buscam sua independência na distância dos pais, na escolha de amigos, nas preferências pessoais.
O tempo e a maturidade, e isso não importa muito a idade, mas os processos vividos, a relação pode mudar para uma dependência mútua, ou seja, perceber que a relação com o outro pode ser de ganhos para todos. É a interdependência adquirindo formas nas relações.
Segundo os idealizadores ou aqueles que fundamentaram a metodologia nos anos de 1970[1] a interdependência é um conceito estudado por pesquisadores alemães que, utilizando conceitos da psicologia e da pedagogia, perceberam que nossas relações sociais podem ser definidas a partir de 3 aspectos diferentes[2].
Quando se tem a preferência por agir sozinha, e essa tendência é encontrada em muitos estudantes e professores, foi definida como interdependência neutra. Ou seja, cumprir tarefas, estudos, responsabilidades, independente de outras pessoas. É a ideia do individualismo.
Encontra-se, da mesma forma atuante nas escolas, a ideia competitiva, a meritocracia, que, em si, não seria de todo mal, se não fosse em detrimento do outro. À esta relação social, foi dado o nome de interdependência negativa.
A interdependência positiva é definida como uma dependência mútua, voluntária em que se percebe o quanto é possível aprender com o outro e trocar conhecimentos.
Esta metodologia vai muito além de estudos em grupos. São grupos estruturados em que, ganhos pessoais, relacionais e acadêmicos fazem parte de sua meta coletiva.
[1] David W. Johnson, Roger T. Johnson & Karl A. Smith in Change, Jul/Aug98, Vol. 30, Issue 4, p26
[2] Kurt Koffka, Morton Deutsch, pesquisadores da Interdependência social, citados no mesmo artigo.
INTERDEPENDÊNCIA POSITIVA
HERMANY CEO 0 Comentário 622 Visualizações
Interdependência Positiva
O Núcleo de Aprendizagem Cooperativa – NAC CT está reiniciando suas atividades com os bolsistas e voluntários neste ano de 2023 com muitas expectativas positivas.
A Aprendizagem Cooperativa é uma metodologia que procura desenvolver de forma experimental e vivencial um de seus pilares que é interdependência positiva.
Os pilares são assim definidos: Interdependência Positiva, Responsabilidade Individual, Habilidades Sociais, Interação Promotora e Processamento de Grupo.
Uma das características da Aprendizagem Cooperativa é a ideia de se trabalhar com metas para o grupo. Por exemplo, numa classe de estudante universitários, é de se esperar que todos queiram ser aprovados para conseguirem sua graduação. Mas quantos podem ser aprovados? Todos. Por que alguém precisa ficar para traz? Meta coletiva deve ser definida pela própria turma e buscada em suas ações – e esta é uma delas – aprovação de todos.
Interessante inicialmente definir: dependência, independência e interdependência.
Exemplificando, quando uma criança nasce, ela precisa de adultos que cuidem dela em todos os aspectos: alimentação, sono, higiene, tudo. Ao crescer um pouco, começa desenvolver atitudes de independência ao querer escolher sua alimentação, roupas, brinquedos, mas ainda vivendo uma relação muito forte de dependência.
Ao chegar na adolescência, sabemos o quantos os “teens” buscam sua independência na distância dos pais, na escolha de amigos, nas preferências pessoais.
O tempo e a maturidade, e isso não importa muito a idade, mas os processos vividos, a relação pode mudar para uma dependência mútua, ou seja, perceber que a relação com o outro pode ser de ganhos para todos. É a interdependência adquirindo formas nas relações.
Segundo os idealizadores ou aqueles que fundamentaram a metodologia nos anos de 1970[1] a interdependência é um conceito estudado por pesquisadores alemães que, utilizando conceitos da psicologia e da pedagogia, perceberam que nossas relações sociais podem ser definidas a partir de 3 aspectos diferentes[2].
Quando se tem a preferência por agir sozinha, e essa tendência é encontrada em muitos estudantes e professores, foi definida como interdependência neutra. Ou seja, cumprir tarefas, estudos, responsabilidades, independente de outras pessoas. É a ideia do individualismo.
Encontra-se, da mesma forma atuante nas escolas, a ideia competitiva, a meritocracia, que, em si, não seria de todo mal, se não fosse em detrimento do outro. À esta relação social, foi dado o nome de interdependência negativa.
A interdependência positiva é definida como uma dependência mútua, voluntária em que se percebe o quanto é possível aprender com o outro e trocar conhecimentos.
Esta metodologia vai muito além de estudos em grupos. São grupos estruturados em que, ganhos pessoais, relacionais e acadêmicos fazem parte de sua meta coletiva.
[1] David W. Johnson, Roger T. Johnson & Karl A. Smith in Change, Jul/Aug98, Vol. 30, Issue 4, p26
[2] Kurt Koffka, Morton Deutsch, pesquisadores da Interdependência social, citados no mesmo artigo.
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